De Teofilo Torres
CONSTRUINDO UM AMOR INTELIGENTE
SOBRE A PALAVRA RACIONAL
ALGUMAS DEFINIÇÕES DE CASAMENTO:
“Casar é reconhecer que sozinho sou incompleto e incapaz de procriar.”
“Casar é conhecer o outro integralmente.”
“Casamento é uma construção que exige muita dedicação, paciência e trabalho.”
“Casamento é um contrato social entre duas pessoas que estão dispostas a servir.”
“Casamento é a construção de uma nova cultura, a partir de duas já existentes.”
MAS, O QUE É CULTURA?
Proveniente de “culto”, que significa atitude de veneração e respeito a alguma coisa ou alguém. A cultura é o conjunto de atitudes e modo de agir característico do homem que exerce no meio e/ou em si mesmo, visando uma transformação de forma a melhorar sua condição de vida. A cultura se transmite de uma geração a outra, formando um sistema de comportamentos humanos. Mas não é só isso. Cultura é o “conjunto dos conhecimentos de alguém, instrução”.
CONHECENDO AS FASES DO CASAMENTO
SEGUNDO MAGGIE SCARF, EXISTEM BASICAMENTE CINCO FASES NO CASAMENTO SÃO ELAS:
1) A FASE DO ENCANTAMENTO. Quando um está enamorado do outro.
É quando o casal se sente plenamente realizado e absolutamente preenchido pelo outro. Nessa fase o amor é cego. Há uma nutrição constante do vínculo. A sensação é de plenitude e totalidade.
2) FASE DO DESENCANTAMENTO, DA DESILUSÃO. É a fase da confrontação das expectativas irreais do casamento.
É quando começamos a ver as diferenças entre as imagens que construímos do outro e os seus reais lados sombrios. Na fase da conquista e da sedução, nós só mostramos o lado ensolarado de nossa personalidade. As sombras, as fraquezas, as feridas emocionais e os medos ficam escondidos. Mas sempre chega o momento em que as coisas que estavam debaixo do tapete aparecem à luz do dia. É nessa fase que muitas pessoas se desesperam na tentativa de mudar o outro, a fim de que ele corresponda à imagem idealizada. Você não o(a) aceita como ele(ela) é. Neste momento as pessoas são capazes de qualquer coisa: sufocam, oprimem, chantagiam, ameaçam e até castigam-se mutuamente.
3) FASE DO “CRESCEI E MULTIPLICAI-VOS. É quando a mulher se dedica aos filhos pequenos e o homem está se afirmando profissionalmente, consolidado sua carreira.
É a fase onde há o risco de se perder de vista o parceiro dentro do casamento. O homem mergulha no trabalho e a mulher é engolida pelos cuidados com a casa, com as crianças e, muitas vezes, com sua própria definição profissional. Esta tensão drena todas as energias do casal. É uma época onde os dois engavetam frustrações, mágoas e raivas do passado. Se nesta fase o casal não buscar a saída em Deus, com certeza o fim será o aprofundamento de emoções negativas, que já estavam emergindo no fim da fase de encantamento. Sendo assim, o relacionamento pode estagnar, encalhar e virar uma prisão insuportável. Os momentos de desencantamento são muito dolorosos porque envolvem doses inevitáveis de frigidez emocional. Essa é a hora de buscar ajuda externa.
4) FASE DO QUESTIONAMENTO E DE REDEFINIÇÕES. É a fase onde os parceiros questionam o vínculo e fazem um balanço da ligação que existe entre eles.
Aqui está a grande oportunidade de o casal se libertar dos ressentimentos e frustrações em relação ao cônjuge. Para alcançar estas mudanças é necessário enfrentar um processo trabalhoso que pode, em compensação, dar lugar à vitória de Deus na relação, na ternura, no cuidado com o outro e na identidade do relacionamento. Quando não há esforço e interesse em mudar a situação, o resultado final é o divórcio emocional ou a convivência amarga em um casamento morto.
5) FASE DE REINTEGRAÇÃO. É quando os filhos já estão adultos e o casal pode se redescobrir e reaproximar-se.
Quando os dois, marido e mulher, conscientes do que significa “casamento”, conseguem superar as fases difíceis e seguir juntos, pode-se chegar a um momento de integração. Podemos dizer que os dois atingiram o equilíbrio entre a individualidade e a intimidade a dois. Não existe mais disputa sobre o quanto é meu, o quanto é seu e o quanto é nosso. O que há é companheirismo, comunhão e compromisso de amizade.
É claro que as fases não são rígidas, com tempos definidos e seqüências predeterminadas, com uma necessariamente seguindo a outra. Mas são momentos pelos quais todos os relacionamentos atravessam, com maior ou menor intensidade. Eu chamaria estas fases de estações: primavera, verão, outono e inverno.
CONSTRUINDO UM AMOR INTELIGENTE
SOBRE A PALAVRA RACIONAL
“Todo aquele, pois, que escuta estas minhas palavras, e as pratica, assemelhá-lo-ei ao homem prudente, que edificou a sua casa sobre a rocha. E desceu a chuva, e correram rios, e assopraram ventos, e combateram aquela casa, e não caiu, porque estava edificada sobre a rocha. E aquele que ouve estas minhas palavras, e não as cumpre, compará-lo-ei ao homem insensato, que edificou a sua casa sobre a areia. E desceu a chuva, e correram rios, e assopraram ventos, e combateram aquela casa, e caiu, e foi grande a sua queda”. (Mateus 7.24-27)
Toda construção sem projeto é perigosa, insegura e sem garantia. Quando se constrói um amor sobre a Sua PALAVRA, o resultado é bênção.
CASAMENTO É PROJETO DE DEUS
ENTÃO O SENHOR DECLAROU:
“Não é bom que o homem esteja só; farei para ele alguém que o auxilie e lhe corresponda”. Então o SENHOR Deus fez o homem cair em profundo sono e, enquanto este dormia, tirou-lhe uma das costelas (...) com a costela que havia tirado do homem, o Senhor Deus fez uma mulher e a levou até ele. Disse então o homem:
“Esta, sim, é osso dos meus ossos
e carne da minha carne!
Ela será chamada mulher,
Porque do homem foi tirada”.
Por essa razão, o homem deixará pai e mãe e se unirá à sua mulher, e eles se tornarão uma só carne.” ( Gênesis 2:18b,21-24)
1. A SEGURANÇA E A DARABILIDADE DE UMA CONSTRUÇÃO DEPENDE DO QUE FOI USADO NA BASE.
a) É PARA TODOS. “Todo aquele...”. Cada pessoa é responsável pela sua construção. O vizinho não pode se responsabilizar por aquilo que você construiu. Ninguém melhor do o projetista para dizer como deve ser a construção. Casamento é PROJETO de Deus. Somente Ele pode ensinar como devemos construir uma relação cheia de vida e alegria.
b) O PRIMEIRO PASSO É OUVIR.
Quando alguém é incapaz de ouvir a Palavra, até sua oração não faz sentido para Deus (Provérbios 28:9)
Jesus não violenta a mente e o coração das pessoas. É necessário ouvir e responder “eu quero, pode entrar” (Apocalipse 3:20)
Ouvir é imprescindível, porque é ouvindo que a fé é gerada no coração. E não há projeto de construção que seja seguro sem aquilo que é imprescindível: a FÉ (Romanos 10:18).
É impossível aprender sem que haja humildade para ouvir. Jesus disse: “aprendei de mim...” (Mateus 11:29). Guarde estas palavras: APRENDER – MANSO – HUMILDE – DESCANSO – ALMA.
C) O SEGUNDO PASSO É PRATICAR O QUE OUVIU.
No texto de Mateus 7:24-27, percebe-se que a grande diferença entre uma construção e outra está no PRATICAR. Os dois construtores ouvem, mas só o que pratica é que usa O MELHOR MATERIAL na base.
Praticar implica em submeter-se ao Senhor do projeto (Mateus 6:9,10,24). “...faça-se a tua vontade...”
Praticar exige que se faça tudo conforme o que foi projetado.
2. JESUS OFERECE O QUE HÁ DE MELHOR PARA A CONSTRUÇÃO DA SUA CASA.
a) HUMILDADE (Mateus 5.3)
É A PEDRA ÂNGULAR. Desprendido de tudo e aberto para aprender sempre. Não se considerando dono de toda a verdade final.
b) SENSIBILIDADE (Mateus 5.5)
É O PISO. É a capacidade de chorar, de sentir e de se emocionar. Em qualquer área da vida, os caminhos se acabam quando acaba o poder do choro e do arrependimento. Quem perdeu o poder do choro e do arrependimento perdeu a oportunidade de ter novos caminhos para andar com segurança. O sentimento mais criativo é o arrependimento.
c) MANSIDÃO ( Mateus 5.5)
É A CINTA DE AMARRAÇÃO. Ou seja, é o autocontrole, a disciplina. Ninguém consegue construir algo duradouro com o coração absolutamente indisciplinado. A palavra “mansidão”, no Novo Testamento, origina-se da idéia de “amansar uma fera”. Mansidão é, portanto, ter as rédeas do coração nas mãos.
d) JUSTIÇA (Mateus 5.6)
É A COLUNA. A justiça é como a água para a nossa vida, quando estamos com sede. Essencialidade.
A justiça faz do humilde um ser com espírito nobre, ao invés de um fraco.
A justiça faz do quebrantado um ser digno.
A justiça faz do manso um ser de coragem.
É a justiça que empresta a estas estruturas, aparentemente fracas, um sentimento de nobreza, de grandeza e de dignidade. Em qualquer área da nossa vida, a justiça tem que estar presente.
e) SOLIDARIEDADE (Mateus 5.7)
SÃO OS TIJOLOS. É impossível viver bem em família sem uma atitude de solidariedade e misericórdia. É com misericórdia que se lida todos os dias com as iniqüidades e as incoerências do outro. O que fazer com um filho que não vai bem na escola? O que fazer com a filha que errou, mas que quer melhorar? Com o cônjuge que está encontrando dificuldades em ser o que Deus quer que ele seja?
f) TRANSPARÊNCIA (Mateus 5.8)
É A COBERTURA. Coração limpo e uma consciência limpa que possam nos dar a visão de Deus em família.
g) PACIFICAÇÃO (Mateus 5.9)
É O CIMENTO COLA. É aquilo que mantém as coisas juntas. É a atitude do pacificador que nos dá a garantia de que o que está sendo construído não vai cair. Nossa vocação tem que ser a de alguém que trabalha para ligar corações, promover a reconciliação e a paz.
h) RESISTÊNCIA JUBILOSA (Mateus 5.10-12)
SÃO AS PORTAS E JANELAS. Jesus sabia que haveria perseguição por causa da justiça. Por isto Ele disse: “Eu quero que, apesar de toda tempestade em volta, toda perseguição, vocês construam algo que tenha janelas abertas para o céu. Feliz é aquele que, apesar de tudo, consegue deixar as janelas e as portas abertas. É capaz da alegria, da exultação, de olhar para as coisas maiores do que a perda imediata; ver o galardão e continuar almejando. Nivelar tudo por cima.
AS CINCO COLUNAS QUE ANCORAM O AMOR CONJUGAL
1. FIDELIDADE – Cantares 4.12; 8.10; 1 Coríntios 7.2-5)
“Jardim fechado... Eu sou um muro, e os meus seios como as suas torres; sendo eu assim, fui tida por digna da confiança do meu amado”. (Genesis 2.24,25)
“Quem ama não trai. Com certeza não existe traição maior da confiança do que a infidelidade conjugal”.
POR QUE AS PESSOAS TRAEM? ( SEGUNDO O TERAPEUTA NORTE-AMERICANO ALERT ELLIS).
• CAUSAS NÃO-NEURÓTICAS:
Insatisfação sexual no casamento, que pode levar à busca de compensação. A perda de atração pelo companheiro(a). O desejo sexual vai ficando reprimido e as fantasias vão se multiplicando até levarão adultério. A excessiva absorção no trabalho pode produzir no outro uma sensação de rejeição e abandono. O tédio, que vem da repetição, da rotina e que gera indiferença sexual e emocional. Extensos períodos de ausência. A pressão do estar longe de casa durante longos períodos de tempo pode ser esmagadora. Doenças físicas de vários tipos. Gestações sucessivas.
• CAUSAS NEURÓTICAS:
Os “MIMADOS” – São aqueles que acreditam que precisam de tudo o que desejam. Encaram caprichos temporários como necessidades básicas. Os “casos” nunca correspondem às suas expectativas que, aliás, são irreais. Exemplos: a síndrome do fim-de-semana perfeito e do sexo perfeito.
0s “NARCISISTAS” – Eles se consideram irresistíveis, têm uma necessidade constante de reconhecimento e admiração, uma enorme preocupação com eles mesmos e uma total incapacidade de se corresponder. Adultério, para eles, é uma experiência de auto engrandecimento.
OS “FUGÕES” – São aquelas pessoas que estão fugindo, não apenas de si mesmas, mas da própria vida.
Os “IMATUROS” – São aqueles que, através da infidelidade, procuram se afirmar, provar eternamente sua masculinidade ou feminilidade. A vida se transforma num contínuo teste de sedução. A mola propulsora desse comportamento é a ansiedade.
Os “INSEGUROS” – São pessoas que se auto-desvalorizam, não se respeitam e não têm auto-estima. Usam o adultério como fuga.
OS “VAZIOS” – São os que sofrem de um grande vazio existencial e se recusam a dar um sentido para a própria vida. Estes vão criando relacionamentos promíscuos para encobrir a falta de nexo dentro de si mesmos.
OS “VINGATIVOS” – São os que traem tendo como motivação um sentimento de vingança.
A fidelidade conjugal dá segurança ao casamento e garante a benção de Deus na vida do casal. Veja o que a Palavra de Deus diz a respeito: “Digno de honra entre todos seja o matrimônio, bem como o leito sem mácula; porque Deus julgará os impuros e adúlteros”. (Hebreus 13.4). Na verdade, o adultério é uma manifestação da necessidade de cura e de libertação interior.
2. AMIZADE – (Cantares 4.9,10,12; 5.1)
“MINHA IRMÃ...”
Amizade na perspectiva do tratamento. O relacionamento de um casal só é sadio e equilibrado quando os dois, marido e mulher, conseguem ser mais do que parceiros de cama, tornando-se verdadeiros amigos, cúmplices um do outro. Não basta ser fiel, é preciso ser amigo. Quando a mulher não consegue, por algum motivo, ver o marido como seu “melhor amigo”, abre-se uma brecha e o casamento fica fragilizado. Muitos adultérios aconteceram justamente porque o cônjuge encontrou, fora de casa, alguém que deu mais atenção a ele ou ela, ouviu-o com mais interesse, mostrou-se ser mais sensível aos seus problemas, tratou-o com mais respeito Foi, portanto, mais amigo. Por isto, é perigoso quando não há entre o casal amizade na perspectiva do tratamento. Por que muitos casamentos se transformam em prisão? Por que, de repente, os cônjuges se sentem escravizados, presos, subjugados? Quando é que isso acontece?
• Quando há um sentimento de posse por parte do outro. “Não consigo viver sem você”. Dependência doentia. No casamento onde os dois são “amigos”, um ajuda o outro a crescer.
• Quando há rejeição da própria individualidade. “Para viver juntos, os dois se anulam, renunciam a tudo o que gostam, mas com ressentimentos”. Na relação de amizade conjugal, cada um mantém sua identidade e, ao mesmo tempo, cria condições para que o outro se desenvolva.
• Quando a grande preocupação é manter sempre a frente unida. “Viver sempre mantendo as aparências. O casal não discute suas diferenças”. Marido e mulher que são amigos, são capazes de discutir as diferenças, repensá-las e, quando necessário, negociam e se colocam abertos para fazer novas alianças, acordos e trocas.
• Quando o casal vive sempre com o conceito ideal de marido e mulher, ou seja, cada um na sua. “Cada um cumpre com o seu papel sem se preocupar com o outro”. No relacionamento onde os dois são amigos, marido e mulher não são atores representando um papel, mas sim companheiros capazes de se ajudarem mutuamente.
• Quando a felicidade absoluta é por coerção e não por livre escolha. Onde há amizade conjugal, a fidelidade é uma opção consciente.
Quando há um exclusivismo total – “unidade doentia”. É a idéia de que, ficando dia e noite juntos, preserva-se o casamento. É o cônjuge que diz: “Eu só vou se você for”. Isto acaba sufocando o outro. Na relação onde os dois são companheiros e amigos, a liberdade individual e o crescimento mútuo substituem a escravidão recíproca.
A pergunta que fica é esta: “Estou construindo uma prisão ou um lugar livre, onde há respeito, direitos e responsabilidades e os dois são livres para crescerem juntos?”
3. SANTIDADE – ( Cantares 2.14; 5.2; 6.9 )
“POMBA... IMACULADA...”.
Fidelidade e amizade têm que desembocar em santidade. Na relação de casal, onde reina o Senhor, é impossível não haver santificação. Quando Paulo escreve a carta aos Efésios, convocando-os a olharem para Cristo e a igreja, como modelo de um relacionamento ideal, ele inclui “santidade”. “Para a santificar, purificando-a com a lavagem da água, pela palavra. Para a apresentar a si mesma igreja gloriosa, sem mácula, nem ruga, nem coisa semelhante, mas santa e irrepreensível. Assim devem os maridos...” (Efésios 5.26,27). Na sua teologia sobre casamento, Paulo entendia que o marido é o sacerdote que deve levar a esposa a viver uma vida de santidade através da Palavra. Feliz é a esposa que tem um marido que se preocupa com sua vida de comunhão com Deus. A Palavra é essencial neste processo de santificação do casal (João 15.3). Se muitos maridos se preocupassem com a vida espiritual da esposa, como se preocupam com sua beleza estética, com certeza teríamos casais melhores. É interessante notar que, em alguns casos, é a mulher quem cuida da santificação e da espiritualidade do marido, quando deveria ser o contrário. O homem é o sacerdote do lar. Estou me referindo aos casais onde os dois são convertidos.
4. APRECIAÇÃO ( Cantares 4.1; 5.10; 6.3)
Não basta desejar o outro, é preciso apreciar, honrar e reconhecer. O amor faz o comum ficar extraordinário. O casamento floresce quando existe apreciação mútua, quando os dois se admiram e não têm medo de fazê-lo publicamente, à semelhança do marido de Provérbios 31.29, que diz: “Muitas filhas têm procedido virtuosamente, mas tu és, de todas, a mais excelente!”. Apreciar o cônjuge é investir na sua auto-estima. Palavras de afirmação têm o poder de fazer crescer a auto-imagem e a auto-estima do outro. Se os casais se elogiassem mais e se criticassem menos, com certeza a qualidade do relacionamento seria melhor.
5. SUBMISSÃO DEVOCIONAL 4.– (Cantares 1.4)
“LEVA-ME APÓS TI...”
O que é mais difícil, o marido amar sacrificialmente a sua esposa, como Cristo amou e ama a igreja, ou a esposa submeter-se ao marido, como a igreja se submete a Cristo? Quando a mulher compreende o que significa submissão à luz da Bíblia, ela não encontra dificuldade em exercer sua missão como auxiliadora. Por outro lado, muitas não fazem o seu papel como deveriam justamente porque seus maridos erram na maneira de agir e de se comportar, desmotivando bloqueando e inibindo suas esposas. Quando o homem busca ser para a esposa o que Cristo é para a igreja, a mulher acaba inspirada e motivada a exercer sua missão de apoio ao lado do marido, e com alegria. (Efésios 5.22-29). Esta submissão devocional não escraviza e não anula a mulher na sua individualidade, não a faz sentir-se diminuída. Pelo contrário, este comportamento a realiza como esposa.
TIPOS DE CRISE E COMO SAIR FORTALECIDO
“E desceu a chuva, e correram rios, e assopraram ventos, e combateram aquela casa, e não caiu, porque estava edificada sobre a rocha”.
Em nenhum momento Jesus disse que o fato de estarmos edificado sobre o fundamento sólido, com material de primeira e de acordo com o projeto original, não teríamos problemas. Ele disse que o vento iria soprar, a chuva iria cair torrencialmente e haveria combate contra a casa. Jesus não prometeu livrar-nos dos problemas, mas sim nos problemas. Deus não livrou Daniel da cova, mas livrou na cova e também na fornalha. Problemas existem, mas podem ser superados.
O que pode desencadear uma crise no relacionamento de um casal? Uma gravidez não planejada; A morte de um filho; O desemprego do marido (desequilíbrio financeiro); impotência sexual ou frigidez da mulher; O nascimento do primeiro filho; A necessidade de acolher os pais em casa; Doenças; Um acidente que colocou um dos cônjuges em uma cadeira de rodas; Um filho que assume um comportamento homossexual; Um filho que se envolve com drogas; Uma filha que engravida do namorado e o mesmo não assume a criança; Uma mudança de casa ou de cidade, contra a vontade de um dos cônjuges; Um filho com problema mental; A necessidade de acolher um irmão; O alcoolismo em um dos membros da família etc.
1. Saiba que o casamento é o único “jogo” em que os dois podem “ganhar”.
Em um artigo escrito para revista Seleções, o psiquiatra Pittman disse: “Não há como ganhar contra seu cônjuge. Ou vocês dois ganham, ou os dois perdem”.
2. Mantenha os canais de comunicação abertos.
É nos momentos de turbulência que o casal precisa conversar muito, dialogar o máximo possível e “discutir construtivamente”.
3. Evite a todo custo que o “passado” seja o combustível que alimenta e torna a crise mais intensa e prolongada.
Podemos até lembrar do passado para recapitular as lições aprendidas, mas é necessário tirar o foco do passado e colocá-lo no futuro (Fl 3.13).
4. Mantenha-se aberto para receber ajuda e aprender com outras pessoas.
Sempre haverá pessoas com mais experiência que poderão ajudá-los. Pode ser um membro da família, um irmão, um amigo ou alguém da liderança da igreja, que trabalha na área de aconselhamento.
5. Lute contra a tempestade, motivado por aquilo que gera esperança.
Os chineses talvez tenham sido os primeiros a cer a natureza dupla da crise. Sua palavra para a crise é escrita com dois caracteres, um que significa perigo e um que significa oportunidade. A crise é, de fato, mais do que apenas um problema. É um momento decisivo, um catalisador de forças para quebrar velhos padrões, evocar novas reações e determinar novas direções e novos inícios. Reflita nas palavras deste verso: “Dois espiam pela grade: um vê a lama, e o outro, estrelas de verdade” (Romanos 5.3-5).
6. Lute consciente de que as promessas de Deus não morrem.
Morrem os profetas, mas Deus é fiel no que prometeu. Quem tem promessas, tem razões para ter esperanças. (Hebreus 6.18,19; 13.5; Salmos 23; 46.1).
10. Faça da crise uma oportunidade párea que o Espírito Santo desenvolva em você o seu fruto (Gálatas 5.22).
A crise pode adubar o terreno do nosso coração, para a produção do fruto do Espírito.
CONCLUSÃO
Para algumas pessoas o amor é um fogo abrasador, uma paixão avassaladora. Já para outras o amor é uma casa construída de tijolo sobre tijolo, com toda paciência por que:
O AMOR É PACIENTE, O AMOR É BONDOSO. NÃO INVEJA, NÃO SE VANGLORIA, NÃO SE ORGULHA. NÃO MALTRATA, NÃO PROCURA SEUS INTERESSES, NÃO SE IRA FACILMENTE, NÃO GUARDA RANCOR. O AMOR NÃO SE ALEGRA COM A INJUSTIÇA, MAS SE ALEGRA COM A VERDADE. TUDO SOFRE, TUDO CRÊ, TUDO ESPERA, TUDO SUPORTA.
O AMOR NUNCA PERECE; MAS AS PROFECIAS DESAPARECERÃO, AS LÍNGUAS CESSARÃO, O CONHECIMENTO PASSARÁ. (Coríntios 13.4-8)
Esses três passarão porque são parciais em sua natureza, sendo desnecessários quando vier o que é perfeito. O AMOR supera os dons porque dura mais que todos eles. Muito tempo depois de esses dons tão procurados deixaram de ser necessários, o AMOR continuará a ser o princípio governante que define tudo quando Deus e o seu povo redimido são e fazem.
... O muito conhecimento traz orgulho. Enche a pessoa de vangloria. O AMOR EDIFICA.
SÓ SE CONSTROE UM AMOR INTELIGENTE, SOBRE A PALAVRA DE DEUS. PORQUE DEUS É AMOR, EM CUJO CORAÇÃO O CASAMENTO EXISTIU DESDE SEMPRE.
“Se o senhor não edificar a casa, em vão trabalham os
que edificam; se o Senhor não guardar a cidade, em
vão vigia a sentinela.” (Salmo 127.1)
Teófilo Torres
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